Francesco Perrotta Bosch*
Na noite do dia 31 de agosto, foram apresentados os trabalhos que concorreram ao Concurso Paineiras e divulgados os vencedores. O resultado escancarou mais uma vez que a arquitetura carioca está em crise. Comparando a uma partida de futebol, os escritórios cariocas perderam de goleada para os paulistas: 4x1. Os três primeiros lugares e mais uma menção honrosa foram destinados a projetos propostos por grupos de arquitetos da cidade de São Paulo. Ao Rio, restou a menção honrosa recebida pela BLAC.
Pessoalmente, diria que os projetos que receberam segundo e terceiro lugares são mais interessantes que o vencedor, o qual me assusta pela proposta de um edifício destinado ao estacionamento e à estação de embarque de pessoas para o Corcovado cuja escala me parece exagerada para o lugar.
O que diferencia os seis trabalhos premiados do restante foram as apresentações gráficas das pranchas. Não afirmo isso por ter visto perspectivas eletrônicas fantásticas, mas sim por uma escolha correta das imagens apresentadas, beleza e clareza nos desenhos e organização na diagramação das pranchas. Eles foram premiados por se fazerem melhor compreendidos, não por terem necessariamente os melhores projetos.
O mais importante é que os arquitetos cariocas reflitam sobre o resultado do concurso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário